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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Crack é tratado como epidemia por entidades


O avanço do crack parece não ter limites e já é tratada por entidades assistenciais de Maringá como "epidemia". A avaliação consta de relatório da Comissão Especial de Estudos sobre uso de Drogas, que será apresentado formalmente, na Câmara de Maringá, na sessão de hoje. No documento, a comissão composta pelos vereadores Heine Macieira (PP), Paulo Soni (PSB), Manoel Sobrinho (PC do B) e Carlos Eduardo Sabóia (PMN) sugere dez ações que podem ser tomadas pelo Legislativo de modo a minimizar os efeitos drásticos causados especialmente pelo crack na sociedade.O estudo revela que o tempo médio de vida de um dependente químico, em 27% dos casos, varia de 5 a 10 anos. Em 18% dos casos, o usuário encontra a morte entre 3 e 5 anos de vício. "No crack, às vezes a pessoa morre ainda mais cedo, porque essa droga é tão devastadora quanto o câncer", adverte Heine, que presidiu a comissão.Com apoio de nove entidades que lidam diretamente com dependentes químicos, a comissão traçou o perfil do usuário de drogas em Maringá. A baixa escolaridade faz do jovem mais suscetível às drogas. Do total de pessoas que buscam tratamento na cidade, 64% concluíram o ensino fundamental, 29% pararam os estudos no ensino médio e 7% concluíram o ensino superior. A maioria dos viciados é de brancos, com renda entre um e cinco salários mínimos.A falta de uma estrutura familiar sólida é apontada como o principal facilitador para o consumo de drogas. "Todas as pessoas entrevistadas disseram que esse foi o motivo que as levou a procurar conforto nas drogas", conta Heine, acrescentando ter se deparado com verdadeiros absurdos causados pelo vício. "Uma criança de 10 anos procurou a ajuda de uma entidade dizendo que não queria voltar para casa. Questionada sobre o motivo de ter fugido, ela contou que o pai e a mãe obrigavam ela a usar crack com eles."O relatório traz em suas considerações finais declarações alarmantes. "Não sendo pessimista, é uma epidemia, problema de saúde pública. Os leitos dos hospitais estão lotados por uso indireto e direto das drogas", comentou a presidente do Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas, Ângela Cecília Resende. "O crack está num preço acessível para os viciados e tem grande distribuição. Se a pessoa tem conduta para o crime fará o uso de armas para conseguir o que precisa. O ciclo vicioso está armado", alerta o presidente do Conselho de Segurança de Maringá (Conseg), Antonio Tadeu Rodrigues.Pelo teor do relatório, não há solução no curto e médio prazo. Para a Comissão Especial de Estudos, a situação só pode ser controlada com investimento em educação e com campanhas permanentes de conscientização de crianças e adolescentes. "A escola em tempo integral seria a principal medida para afastar as crianças das drogas. Maringá, hoje, possui apenas três escolas em tempo integral. O ideal é que todas tivessem o contraturno", diz Heine.Para a comissão, a repressão com aumento do efetivo policial e a ampliação de vagas em clínicas especializadas não bastam. É preciso investir em prevenção.Propostas do legislativo1 Criação de um programa intermunicipal de combate às drogas.2 Mensagem de combate às drogas em todos o materiais impressos no município e outdoors.3 Pelo menos duas campanhas anuais de combate às drogas realizadas pelo Executivo.4 Entrega de cartilha educativa sobre as drogas, com kit escolar aos estudantes da rede municipal de ensino.5 A possibilidade de inserção do tema combate às drogas na carga horária das aulas em atrações culturais.6 Instalação de comunicação visual com mensagem de combate às drogas em atrações culturais.7 Realização do concurso, entre estudantes, para a criação de frase e mascote paras as campanhas antidrogas, com premiação de R$ 3 mil para o ganhador.8 Tornar obrigatória a instalação de estandes com orientação e entrega de material de combate às drogas em feiras, como a Expoingá e Festa da Canção.9 Autorizar o Executivo a fazer uma clínica exclusiva para o tratamento de dependentes químicos.10 Realização de Semana de Combate às Drogas na Câmara.

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