COORDENAÇÃO

Coordenação Pr/Capelão Ricardo Solano Bastos

Pedidos de Palestras em Escola/Clubes/Igrejas/Empresas (12) 9719-7720 – 8203-0567

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Pesquisa: 98% das cidades brasileiras têm problemas ligados ao crack


BRASÍLIA - O consumo de crack já se alastrou pelo País, aponta pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgada na manhã de hoje, em Brasília. Levantamento feito com 3.950 cidades mostra que 98% dos municípios pesquisados enfrentam problemas relacionados ao crack e a outras drogas. 'Falta uma estratégia para o enfrentamento do uso do crack. Não há integração entre União, Estados e municípios', alertou o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.
Ziulkoski criticou o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, lançado pelo governo federal em maio deste ano. 'É um programa que não aconteceu, praticamente nenhum centavo chegou'. Ao apresentar os números, ele disse que não avaliaria se a iniciativa teve intenções eleitoreiras. 'Apenas estou trazendo números e realidades'.
A CNM observa ainda que, embora haja um grande esforço para a redução da mortalidade infantil, não há política de Estado de prevenção à mortalidade juvenil. A confederação também ressalta a importância de ações na região de fronteira para impedir a entrada de droga no País.
Números. O estudo da CNM constatou que, dos municípios pesquisados, apenas 14,78% afirmaram possuir Centro de Atenção Psicossocial (Caps), que oferece atendimento à população e acompanhamento clínico de pessoas com transtornos mentais, entre eles usuários de drogas.
Quando o assunto foi a existência de programa municipal de combate ao crack, 8,43% das cidades alegaram possuir alguma iniciativa dessa natureza. Mesmo sem um programa definido e com a falta de apoio das demais esferas de governo, 48,15% dos municípios realizam campanha de combate ao crack, aponta a pesquisa.
Ações do governo. Em maio deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou decreto que criou o Plano Integrado para Enfrentamento do Crack, destinando R$ 410 milhões com o objetivo de duplicar, ainda em 2010, o número de vagas para internação de usuários da droga. O plano também visa treinamento de profissionais na rede pública de saúde e assistência social para atender os usuários e a família, além de medidas de combate ao tráfico.
A presidente eleita Dilma Rousseff citou em diversas ocasiões o combate ao crack como uma de suas prioridades no plano de governo. Ainda como pré-candidata, Dilma afirmou que estava preocupada com a droga, que 'mata, é muito barata e está entrando em toda periferia e em pequenas cidades', prometendo enfrentar 'essa ameaça com autoridade, carinho e apoio.' (fonte ESTADÃO)

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Saiba como procurar tratamento para dependência de crack em SP


Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que cuidam dos casos de álcool e drogas, atendem cerca de 10.500 pessoas mensalmente na capital paulista. A Prefeitura de São Paulo, entretanto, não tem dados exatos sobre o número de dependentes de crack.
Ainda de acordo com a Prefeitura, no primeiro ano de tratamento, 80% dos dependentes deixam o crack. Visto em longo prazo esse índice cai: 30% conseguem viver longe da droga.
O dependente que procura ajuda é avaliado por psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais para saber se é uso abusivo ou dependência química. A primeira semana do tratamento é a de desintoxicação. Nos casos extremos, a pessoa fica internada.
Os CAPS funcionam como pronto-atendimento e fazem internações se for preciso. Só os casos mais graves são encaminhados para outros lugares. Depois da desintoxicação, começa a etapa mais difícil: reaprender a viver sem a droga.
Segundo um levantamento do CAPS, 47,7% dos usuários recebem atendimento ou tratamento, exclusivamente, em razão da dependência do álcool; 32,6% múltiplas drogas; 10,2% cocaína (crack está neste percentual porque é derivado da cocaína); 5,1% fumo; 3,5% canabinóides e 0,8% outras drogas. Cada CAPS faz em média 800 atendimentos por mês.
Como funcionaA política de atendimento para que fazem uso abusivo de álcool e outras drogas começou em 2005. A rede municipal conta com 62 CAPS que atendem população com transtornos decorrentes do uso e dependência d Saiba como procurar tratamento para dependência de crack em SP
e substâncias psicoativas, como álcool e outras drogas, de segunda a sexta das 07h às 17h ou das 8h às 18h. (Fonte G1)

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Seminário vai instruir médicos sobre o combate ao uso do crack




O aumento excessivo do uso de crack no país tem deixado a categoria médica em alerta. Os médicos querem criar diretrizes eficazes para o tratamento da dependência de crack. O assunto será debatido durante o I Seminário Nacional sobre Aspectos Médicos e Sociais Relacionados ao Uso do Crack, promovido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). O encontro será realizado em Brasília, no dia 25 de novembro. As inscrições para o Seminário já estão abertas e são gratuitas.

“A disseminação do uso de crack entre pessoas de todos os níveis sócio-econômicos, de modo preocupante entre os jovens (muitos deles estudantes), requer ampla discussão e intervenção da sociedade civil organizada. É preciso erradicar essa forma de drogadição, que prospera entre nós ceifando vidas, causando sofrimentos às famílias e prejuízos irreparáveis à sociedade”, afirma Carlos Vital, vice-presidente do CFM.

O Seminário será composto de duas mesas redondas. A primeira discutirá aspectos técnicos e éticos do consumo e do tratamento do usuário: epidemiologia do uso de drogas, dilemas éticos e clínicos na assistência, abordagens clínicas, acolhimento e interdisciplinaridade.

A segunda mesa discutirá tópicos institucionais e sociais do tema: aspectos jurídicos, papel institucional do Estado, propostas dos Ministérios da Saúde e da Educação para o combate ao crack (sobretudo no sistema educacional) e uso do crack sob a perspectiva da sociedade. Depois de cada mesa os debates serão abertos para a participação do público inscrito no encontro.

“O crack está fora de controle no Brasil”, alerta o tesoureiro do Conselho Regional de Medicina do Estado de Pernambuco (Cremepe), Ricardo Paiva. De acordo com o especialista, o crack é uma das drogas mais prejudiciais e que tornam o viciado mais violento. “O usuário fica dependente desde o primeiro uso e em menos de seis meses a droga provoca efeitos deletérios, incluindo a demência”.

Falta de leitos dificulta tratamento de viciados em crack

No Brasil, a escalada do crack coincidiu com a política de fechamento de leitos psiquiátricos, e a rede pública não tem tido capacidade de absorver toda a demanda. O país conta com apenas 1.800 leitos psiquiátricos em hospital geral. Por outro lado há uma estimativa de 1,2 milhões de usuários de crack no país.

Inscrições gratuitas e limitadas

As inscrições para participação no I Seminário Nacional sobre Aspectos Médicos e Sociais Relacionados ao Uso do Crack serão abertas nesta quarta-feira, 03 de novembro. O encontro será realizado em Brasília, no dia 25 de novembro, no auditório da sede do CFM (SGAS 915, lote 72). As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pela internet.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

FUNDO DO POÇO

Não há outra droga que produza um declínio físico e mental maior para o seu usuário quanto o crack. O poder sobrenatural do crack é simplesmente horripilante e avassalador. Crack e desgraça são indissociáveis e quase palavras sinônimas. Relatos dos seus usuários e familiares, fatos policias diários e opiniões de especialistas sobre os efeitos e as conseqüências nefastas da droga podem ser resumidos em três palavras tão básicas quanto contundentes: sofrimento, degradação e morte.As ocorrências no terreno familiar, social e criminal vão caminhando sempre em largas vertentes para dias piores. A vida vivida pelos envolvidos com o vício do crack parece sempre transpor os inimagináveis pesadelos.Lançando um olhar no passado, o viciado, vê o rumo errado que tomou, mas dificilmente tem força de voltar atrás. Olhando ao futuro somente se lhe afigura a tumba, no entanto continua caminhando em sua direção. O seu presente é só o crack e, esse mal passa a ser o senhor do seu viver, o seu real transformador do bem para o mal, o destruidor da sua família, o aniquilador do seu bem maior.O crack trás a morte em vida do seu usuário, arruína a vida dos seus familiares e vai deixando rastros de lágrimas, sangue e crimes de toda espécie na sua trajetória maligna.O Brasil assistiu recentemente com imensa tristeza e pesar uma reportagem televisiva em que crianças recém nascidas de mães viciadas em crack, são também barbaramente atingidas pelos efeitos nefastos da droga. Nascem como se viciadas fossem, com crises de abstinências, com compulsão à droga, tremores, calafrios e com problemas físicos diversos, principalmente com lesões no cérebro que provavelmente os levarão às demências ou a outros tipos de problemas inerentes, ou seja, uma nova geração de vítimas do crack sem sequer ter consumido a droga por vontade própria. A maioria das mães drogadas também perde o instinto materno e termina doando os seus filhos debilitados.A dimensão da tragédia do crack é difundida nos diversos Estados da Nação através de reportagens jornalísticas que comprovam o retrato devastador em todos os lugares possíveis e imagináveis aonde chegou o filho mortal da cocaína. O crack invadiu grandes e pequenas cidades, periferias e lugares de baixa a alta classe social, municípios, povoados, zona rural...Não bastassem os tristes casos sociais, casos de saúde e os casos criminais diversos envolvendo essa droga avassaladora vividos por uma grande parcela da população brasileira, agora apareceu mais um melancólico caso. Um deprimente e desolador caso em que a mãe trocou a virgindade da sua própria filha de pouco mais de 10 anos de idade por algumas pedras de crack. Entregou a sua filhinha para uma monstruosidade sem precedência. Entregou a inocência de uma criança para um estuprador macabro, desalmado e cruel que também era um traficante de crack. O símbolo do amor puro que está no amor de mãe se rendeu ao poderoso crack.Uma mãe viciada, na histórica cidade de São Cristovão, primeira capital do pequeno, mas bonito e aprazível Estado de Sergipe acabou por ceder a inocência da sua própria filha, uma garotinha que migrava dos 10 para os 11 anos de idade para um desumano estuprador-traficante de drogas no sentido de que o mesmo saciasse a sua frieza sexual animalesca, em troca de algumas pedras de crack.O crack agora é capaz também de transpor, de matar o amor de mãe, que é o mais precioso, o mais profundo, o mais verdadeiro, o mais ardoroso, o mais fervoroso amor que pode existir.Este impulso sentimental que é o mais sublime dos amores foi superado pela força sobrenatural do crack e, ao invés de confortar, destruiu, degradou, sobretudo desvirtuou o sentido real do amor que aquela mãe tinha pela sua filha. O amor de mãe que não tem ganância, não tem egoísmo, não tem orgulho, não tem o sentido de posse, não tem o princípio de fomentar a maldade e a ignorância do bem, que busca a simplicidade, a humildade e abnegação acima de todas as coisas da matéria foi de tudo ultrajado pelo crack.É realmente uma triste, trágica e inconcebível realidade ocorrida naquele município que contrasta com o seu povo pacato e ordeiro. É o fundo do poço pelo crack...(Delegado de Polícia no Estado de Sergipe. Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Pública).archimedes-marques@bol.com.br

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Interno usa nome de clínica para aplicar golpe


Um adolescente de 16 anos foi apreendido ontem (25) em Uberlândia suspeito de aplicar golpes usando o nome da instituição para reabilitação de dependentes químicos na qual estava internado há cinco meses. Além de dinheiro e peças de vestuário, o menor teria conseguido até instrumentos musicais avaliados em R$ 1,6 mil. Segundo o pastor responsável pela clínica tudo o que o menor arrecadou foi trocado por crack.
Essa era a terceira vez que a casa de recuperação ligada à Igreja Evangélica Monte Horebe recebia o menor para tratamento. O adolescente é dependente de crack desde os 10 anos de idade. Ele foi para a clínica localizada no bairro Planalto, na zona oeste de Uberlândia, por meio de ordem judicial do Conselho Tutelar de Quirinópolis, no interior de Goiás.
O golpe só foi descoberto depois que membros da igreja desconfiaram das constantes investidas do garoto. Nos últimos 15 dias ele estaria repetidamente usando a mesma história. Para conseguir levantar dinheiro rápido dizia que o carro do pastor que coordena a instituição estava estragado. Segundo a instituição pelo menos sete comerciantes dos bairros Planalto e Luizote de Freitas, que são parceiros da entidade, caíram no golpe.
Quando descoberto, o menor ameaçou os integrantes da clínica e tentou fugir. Ele foi ouvido na 16ª Delegacia Regional de Polícia Civil (16ª DRPC) e autuado pelo crime de estelionato.
A instituição que vai completar dois anos vive de doações voluntárias. Atualmente atende 12 internos na casa de recuperação que fica na rua Horácio Pereira Mendes.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Verba federal para combater o crack no Rio

Delegacia de Combate às Drogas ganhará R$ 500 mil para compra de equipamentos
POR MARIA INEZ MAGALHÃES
Rio - A Delegacia de Combate às Drogas (Dcod) vai ganhar R$ 500 mil para combater o crack no estado. A verba, do Ministério da Justiça, será empregada na compra de equipamentos na área de inteligência para auxiliar os policiais nas investigações, principalmente sobre a droga.

A Dcod será a unidade do Rio beneficiada pelo projeto federal Foto: Fábio Gonçalves / Agência O Dia

Além do Rio, delegacias de combate ao narcotráfico de nove estados também estão no programa do Ministério da Justiça e farão parte do Grupo Permanente de Enfrentamento ao Crack (Gpec) — que vai atuar em todo o País —, cujo acordo foi assinado sexta-feira em Brasília. Participam ainda a Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).
A política de combate ao crack foi instituída pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva por meio do decreto 7.179 de 20 de maio deste ano. Ao todo, serão investidos no programa R$ 400 milhões.
Entre as ações propostas, está a criação de um banco de dados, um software específico para que delegacias possam trocar informações sobre distribuição, compra, circulação e entrada da droga no Brasil.
“Essa falta de comunicação entre as instituições é uma das deficiências na política de combate ao crack. Não adianta um estado ter uma excelente investigação sobre a droga, se não pode compartilhá-la com os outros que sofrem do mesmo problema. A ideia é combater o consumo e a entrada da droga nos estados”, explicou Isabel Figueiredo, assessora especial do ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto.
Os primeiros a receberem os R$ 500 mil serão Rio Grande do Sul, Pernambuco e Paraná. Formam o Gpec ainda Minas Gerais, Bahia, Pará, Acre, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Os outros estados devem ser incorporados assim que apresentarem projetos sobre o tema à Senasp.
Hora de traçar panorama
Titular da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod) há apenas três meses, o delegado Pedro Medina esteve em Brasília sexta-feira. “Com esse programa vamos poder traçar um panorama nacional sobre o crack, que é uma droga que se espalhou pelo País há pouco tempo”, disse o delegado.
“E com essa verba vamos equipar a delegacia e assim aprimorar também as investigações sobre todos os outros entorpecentes. Sem esses aparatos, expomos muito os policiais e isso acaba dificultando as nossas diligências, principalmente em áreas ainda dominadas pelo tráfico que tem um poderio bélico grande”, completou ele. Fonte: O Dia

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Consumo de crack no RJ aumentou mais que de outras drogas, diz estudo


Na Glória, Zona Sul do Rio, usuários consomem crack livremente em praça.Usuários de outras drogas passaram a consumir crack, segundo pesquisa.
Uma pesquisa inédita da Fundação Oswaldo Cruz mostra que o consumo do crack vem aumentando muito mais do que outras drogas no Rio de Janeiro. Na Glória, Zona Sul do Rio, usuários de crack consomem a droga livremente.Por volta de 10h30, um grupo consome crack à vontade no Largo da Glória. A droga roda de mão em mão indiscriminadamente, inclusive entre crianças e até uma mulher grávida.Uma mãe de 17 anos confessa ter passado por várias Cracolândias durante a gravidez, consumindo crack até a hora do parto.“Eu acabei de fumar o crack, minha bolsa estourou no meio da Cracolândia. E mesmo a água saindo eu queria usar mais droga. Eu arrumei R$ 2. Eu ia usar, mas começou a descer mais água, mais água. Ai eu fui nesse hospital. Chegando ao hospital, eles pegaram e falaram que não estava na hora ainda, que tinha que amadurecer o pulmão do neném. Eu ia ficar internada lá. Ai minha filha nasceu com infecção, nasceu de oito meses, nasceu prematura”, afirmou ela.
Desde que deu à luz, há três meses, a mãe na usa mais drogas. As duas estão vivendo em um abrigo da prefeitura, em Vila Isabel, Zona Norte do Rio.
“Quando eu sinto vontade, eu pego um livro, leio. Porque agora eu tenho que pensar não é só eu mais. Não estou mais sozinha, agora eu tenho uma filha pra cuidar. Minha filha não precisa de família, a família que ela precisa é eu. Ela é a família que eu nunca tive. A partir de hoje meu vício vai ser ela.”
A pesquisaO recomeço não esconde as cicatrizes do vício. Por causa do crack, a adolescente já perdeu a guarda de um filho, atualmente com três anos.
A pesquisa feita pela Fundação Oswaldo Cruz revela que em apenas dois anos o número de usuários de outras drogas que passaram a consumir o crack cresceu seis vezes. O crack é uma droga de baixo custo, e fácil de ser comprada. E o que ela tem de barato, ela tem de devastadora.
O estudo foi coordenado pelo pesquisador Francisco Bastos, especialista em Aids e drogas. Ele confirma que, além de devastador, o crack tem outro grave efeito colateral: crianças e adolescentes entram cada vez mais no mundo das drogas pesadas.
“Do ponto de vista da saúde pública, eu acho que esse seja talvez o desafio maior. Porque ao pegar pessoas muitos jovens, essas pessoas não chegaram nem a se inserir na sua vida social”, afirmou o pesquisador.
Pacificação pode ajudar no combateEle não tem dúvida em afirmar: O crack é uma epidemia. E a cura passa pela reintegração social dos dependentes químicos.
“Eu acho que políticas públicas de cunho social, de ressocialização das pessoas, inserção em escolas, ela diminui o contexto social que favorece o consumo. Obviamente para as pessoas que já estão usando você tem que oferecer tratamento de uma forma mais ágil possível.
Mesmo acostumado com histórias desoladoras, Francisco está otimista. Ele acredita que a pacificação de comunidades pode estimular a expansão de programas de saúde pública, inclusive na área das drogas.“Às vezes você tentava trabalhar e não conseguia e isso não só modulava o tráfico de uma forma complicada, rivalidades, conflitos, como impedia o nosso trabalho”, disse.
A Secretaria de Assistência Social do município afirmou que há 78 vagas em centros de recuperação de usuários drogas atualmente. O secretário Fernando Willian afirmou que o crack é uma droga que entrou há cerca de 5 anos no Rio de Janeiro. “Foi crescendo ano a no de forma preocupante e assustadora. Não havia nenhuma unidade de atendimento, nada que se fizesse no sentido de se enfrentar essa questão. No período de um ano e dez meses que estamos no governo criamos essas 78 vagas: 60 para crianças e adolescentes e 18 vagas para mulheres”, disse.
“Estamos trabalhando intensamente na prevenção, através do centro de referência de assistência, através das escolas, através das famílias, que é o que é fundamental”, completou. De acordo com ele, no Largo da Glória estão sendo feitas várias ações de acolhimento. “Os meninos vão ao centro de acolhimento, alguns aceitam tratamento, e muitos, infelizmente, dado o que significa a droga hoje para essas crianças, eles evadem. Como não tem registro de delitos eles não podem ficar aprisionados”.

sábado, 16 de outubro de 2010

LORENA ESTÁ DE PARABÉNS

Foi implantado nesta 6ª.feira 15 de Outubro de 2010 em solenidade no Auditório São Joaquim o COMAD- CONSELHO MUNCIPAL DE COMBATE AS DROGAS Parabéns aos Prs. Claudio Rubens ( Presidente do Conpel) e Ricardo Solano (Secretario do Conpel) pela nomeação no COMAD, com a presença de autoridades civil , militares e eclesiásticas o Prefeito Municipal de Lorena Dr. Paulo deu posse aos conselheiros e abriu a 1ª Conferencia Municipal de Política ob Drogas.

ODECRETO DE IMPLANTAÇÃO E POSSE
Pr. Ricardo Solano Garoto e Not Book Propaganda do SOU CRAQUE NÃO USO CRACK







sexta-feira, 8 de outubro de 2010

CRACK PARA EMAGRECER!!!!!!!!!!!!!!!! LOUCURA


Mulher usa crack para emagrecer e fica viciadaDepois de perder 40 kg e ficar viciada em crack, moradora de Limeira agora passa por tratamento com remédios
A fixação em ter um corpo perfeito a qualquer custo fez uma moradora de Limeira, na faixa dos 40 anos, casada e com quatro filhos, usar crack para emagrecer. A mulher, que tem estatura média e pesava cerca de 80 quilos, perdeu 40 quilos em poucos meses mas agora está desnutrida e se tornou dependente química. Ela e toda a família passam por tratamento na rede pública de Saúde há quatro meses, na tentativa de retomar a vida.
De acordo com a assessora do Ambulatório de Saúde Mental de Limeira, Tânia Mileny Seraphim, a mulher é de classe média baixa e revelou aos especialistas do Centro de Atenção Psicossocial — Álcool e Drogas (Caps-AD), que queria emagrecer de forma rápida. “Ela estava angustiada porque engordou e, em conversa com colegas da comunidade, eles disseram que a mulher poderia perder peso se usasse crack”, diz. “No próprio bairro havia biqueiras e estes colegas indicaram onde ela poderia comprar.”
A psicóloga comenta que quem procurou ajuda foi o marido, que percebeu o vício da mulher. “Ela não era obesa, mas tinha uma visão bastante distorcida do próprio corpo”, afirma. “E não achou que iria se viciar. Na verdade, a dependência química era a última preocupação dela. Só com o tempo percebeu que a cada vez mais sentia necessidade de usar a droga.”
A mulher perdeu também massa magra e ficou muito abaixo do peso ideal. “Todo usuário de crack é muito magro, porque perde o apetite. Eles ficam fissurados e só pensam na droga. Esquecem de se alimentar”, explica. “Existem muitos casos semelhantes, principalmente entre as modelos.”Fonte: Cosmo


Há tempos não lia tamanho absurdo. Tem lógica uma coisa dessas? O que uma pessoa dessas tem na cabeça?

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Crack é tratado como epidemia por entidades


O avanço do crack parece não ter limites e já é tratada por entidades assistenciais de Maringá como "epidemia". A avaliação consta de relatório da Comissão Especial de Estudos sobre uso de Drogas, que será apresentado formalmente, na Câmara de Maringá, na sessão de hoje. No documento, a comissão composta pelos vereadores Heine Macieira (PP), Paulo Soni (PSB), Manoel Sobrinho (PC do B) e Carlos Eduardo Sabóia (PMN) sugere dez ações que podem ser tomadas pelo Legislativo de modo a minimizar os efeitos drásticos causados especialmente pelo crack na sociedade.O estudo revela que o tempo médio de vida de um dependente químico, em 27% dos casos, varia de 5 a 10 anos. Em 18% dos casos, o usuário encontra a morte entre 3 e 5 anos de vício. "No crack, às vezes a pessoa morre ainda mais cedo, porque essa droga é tão devastadora quanto o câncer", adverte Heine, que presidiu a comissão.Com apoio de nove entidades que lidam diretamente com dependentes químicos, a comissão traçou o perfil do usuário de drogas em Maringá. A baixa escolaridade faz do jovem mais suscetível às drogas. Do total de pessoas que buscam tratamento na cidade, 64% concluíram o ensino fundamental, 29% pararam os estudos no ensino médio e 7% concluíram o ensino superior. A maioria dos viciados é de brancos, com renda entre um e cinco salários mínimos.A falta de uma estrutura familiar sólida é apontada como o principal facilitador para o consumo de drogas. "Todas as pessoas entrevistadas disseram que esse foi o motivo que as levou a procurar conforto nas drogas", conta Heine, acrescentando ter se deparado com verdadeiros absurdos causados pelo vício. "Uma criança de 10 anos procurou a ajuda de uma entidade dizendo que não queria voltar para casa. Questionada sobre o motivo de ter fugido, ela contou que o pai e a mãe obrigavam ela a usar crack com eles."O relatório traz em suas considerações finais declarações alarmantes. "Não sendo pessimista, é uma epidemia, problema de saúde pública. Os leitos dos hospitais estão lotados por uso indireto e direto das drogas", comentou a presidente do Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas, Ângela Cecília Resende. "O crack está num preço acessível para os viciados e tem grande distribuição. Se a pessoa tem conduta para o crime fará o uso de armas para conseguir o que precisa. O ciclo vicioso está armado", alerta o presidente do Conselho de Segurança de Maringá (Conseg), Antonio Tadeu Rodrigues.Pelo teor do relatório, não há solução no curto e médio prazo. Para a Comissão Especial de Estudos, a situação só pode ser controlada com investimento em educação e com campanhas permanentes de conscientização de crianças e adolescentes. "A escola em tempo integral seria a principal medida para afastar as crianças das drogas. Maringá, hoje, possui apenas três escolas em tempo integral. O ideal é que todas tivessem o contraturno", diz Heine.Para a comissão, a repressão com aumento do efetivo policial e a ampliação de vagas em clínicas especializadas não bastam. É preciso investir em prevenção.Propostas do legislativo1 Criação de um programa intermunicipal de combate às drogas.2 Mensagem de combate às drogas em todos o materiais impressos no município e outdoors.3 Pelo menos duas campanhas anuais de combate às drogas realizadas pelo Executivo.4 Entrega de cartilha educativa sobre as drogas, com kit escolar aos estudantes da rede municipal de ensino.5 A possibilidade de inserção do tema combate às drogas na carga horária das aulas em atrações culturais.6 Instalação de comunicação visual com mensagem de combate às drogas em atrações culturais.7 Realização do concurso, entre estudantes, para a criação de frase e mascote paras as campanhas antidrogas, com premiação de R$ 3 mil para o ganhador.8 Tornar obrigatória a instalação de estandes com orientação e entrega de material de combate às drogas em feiras, como a Expoingá e Festa da Canção.9 Autorizar o Executivo a fazer uma clínica exclusiva para o tratamento de dependentes químicos.10 Realização de Semana de Combate às Drogas na Câmara.

Livramento expande programa de contra crack e gravidez na adolescência



Eduardo Silva, sucursal RBS TV Livramento
Uma pscióloga da prefeitura discursou para professores, representantes de ONGs e pastores evangélicos sobre o combate ao crack e à gravidez na adolescência. O objetivo do encontro era transformá-los em multiplicadores contra as drogas nas comunidades em que atuam.
A campanha iniciou há um ano e meio e visa e também visa diminuir a evasão escolar.
Confira essa notícia na íntegra esta semana, o RBS Notícias.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Mãe amarra filha para evitar que ela use crack, no sul de Minas



Segundo a família, a mulher tem 31 anos e há oito começou a fumar crack.Secretaria de Saúde da cidade ofereceu tratamento pelo SUS.
A mãe de uma usuária de crack amarrou a filha para evitar que ela usasse droga, em Careaçu, no sul de Minas Gerais. Os pés e as mãos da dependente foram atados à cama. Segundo a família, a mulher tem 31 anos e há oito começou a fumar crack. A mãe conta que a filha fica agressiva por causa da falta da droga.
Ainda de acordo com a família, a mulher já foi internada várias vezes, mas sempre tem recaídas. O secretário de saúde da cidade, Francisco Carlos Cintra, conseguiu uma vaga de internação em uma clínica integrada ao Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o secretário, o tratamento começa nesta quarta-feira (6).

terça-feira, 5 de outubro de 2010

CNJ estuda ações para combater o crack


Da Agência CNJ de Notícias:
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estuda lançar campanha nacional contra o crack. A ideia é produzir materiais gráficos, como cartilhas e audiovisuais (campanha publicitária em rádio e televisão) alertando para os prejuízos que a droga ilícita pode trazer para a saúde das pessoas e a vida social das comunidades, bem como informando cidadãos e agentes públicos sobre as formas de lidar com o problema, e o tratamento dos usuários. A iniciativa é da Corregedoria Nacional de Justiça, com apoio da Presidência do CNJ, em parceria com as Coordenadorias da Infância e da Juventude dos Tribunais dos estados.
Na última quinta-feira (30/09), em reunião realizada no CNJ com a participação dos juízes auxiliares da Presidência, Daniel Issler e Reinaldo Cintra; dos juízes auxiliares da Corregedoria Nacional, Nicolau Lupianhes Neto e desembargador Sílvio Marques Neto; do coordenador de infância e juventude do Tribunal do Estado de São Paulo, desembargador Antonio Carlos Malheiros; da médica psiquiatra das prefeituras dos municípios de São Paulo e Guarulhos, Dra. Vera Lúcia Polverini; da psicóloga judiciário da Vara de Infância do Fórum Regional de São Miguel Paulista, Lúcia Zanetti, e do médico psiquiatra da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Dr. Ronaldo Laranjeira.
Foi estabelecido cronograma para realização das etapas de elaboração dos materiais da campanha, que deverá começar a ser veiculada até o fim do ano, utilizando uma variedade de canais disponíveis, como os tribunais e outros órgãos públicos.

domingo, 3 de outubro de 2010

“Passione”: Dominado pelo crack, Danilo pedirá esmola A REALIDADE DA VIDA NA NOVELA



A vida de Danilo (Cauã Reymond) em “Passione” vai chegar ao fundo do poço. Ele será totalmente dominado pelo crack.
Danilo ficará desaparecido durante muitos capítulos da novela, enquanto o ator estiver se recuperando de uma cirurgia feita no quadril.
Em entrevista ao jornal O Globo deste sábado (2), Silvio de Abreu revelou que Danilo chegará ao ponto de pedir esmolas na rua e dormir sob viadutos.
Na novela, o telespectador terá notícias de Danilo sem que ele apareça em cena.
No capítulo de hoje, Stela (Maitê Proença) vai ao necrotério reconhecer o possível corpo do filho. Mas ele não vai morrer.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Cruz Azul apresenta seminário sobre Crack em São José


Bruno César encaminha as informações abaixo que compartilhamos com os leitores que como nós buscam alternativas para acabar com este câncer social.
Prevenir, reabilitar e apoiar. Esses são os objetivos do Seminário: “Crack: uma pedra no caminho: E agora?”, organizado pela Cruz Azul no Brasil, que será realizado no auditório da UNIVALI – Campus São José. Renomados professores, entre mestres e doutores, serão os responsáveis pelas palestras, programadas para os dias 14 e 15 de outubro. A partir do ano 2000 o consumo de Crack tomou grandes proporções, chegando a ser considerado uma pandemia pelos órgãos de saúde. Aportado inicialmente em São Paulo, o Crack espalhou-se por todo o território nacional, provocando violência, destruição de famílias e morte. O estudo da pandemia, o desafio e as opções de prevenção e tratamento, as políticas públicas voltadas para o problema, o poder de destruição e dependência do Crack no organismo humano, estes e outros temas serão abordados nos dois dias do seminário.Estudantes e profissionais das áreas de saúde, educação e recursos humanos, e toda a comunidade envolvida ou interessada no combate e prevenção ao uso de drogas – em especial o Crack, podem participar do seminário. As inscrições podem ser feitas no site da Cruz Azul do Brasil (http://www.cruzazul.org.br/) ou pelo telefone: (47) 3337-4200.SOBRE A CRUZ AZULCom 125 anos de história, a Cruz Azul foi fundada em Genebra, na Suíça, em 1877 e atualmente está presente em 51 países. Entidade filantrópica, sem fins lucrativos, de caráter civil e privado, tem como suas premissas a orientação e auxílio a dependentes químicos e de álcool, seus familiares, pessoas próximas, afetadas ou ligadas. O trabalho da Cruz Azul não se restringe apenas à área de internação e recuperação de dependentes, mas também à prevenção, ajuda e acompanhamento dos usuários e familiares.Convicta de que a fé em Jesus Cristo é o fundamento da verdadeira liberdade, a Cruz Azul tem por objetivo socorrer aqueles que estão dominados pelos problemas ligados ao alcoolismo e às drogas em geral, servindo-se, para isso, de todos os meios modernos à disposição.A Cruz Azul envolve-se nas políticas que dizem respeito ao uso e ao consumo do álcool e drogas, buscando a saúde para todos. A manutenção de Entidades e Centros para Recuperação ou Comunidades Terapêuticas de Dependências e dos Provenientes de Dependência que servem para aconselhamento, tratamento ambulatorial, médico ou de enfermagem, tratamento e reabilitação, também está no rol de atividades da Cruz Azul no Brasil. Para estas entidades a organização fornece orientação e treinamento aos seus colaboradores e voluntários, através de publicações e Cursos de Capacitação em Dependência Química, realizados por profissionais especializados.
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DO SEMINÁRIO
QUINTA-FEIRA, 14 de outubro de 2010:7:30: Recepção, Inscrição e entrega de material;8:40: Abertura;9:10: Seminário: Introdução panorâmica ao mundo das drogas. Das naturais às sintéticas, chegando até o crack;Palestrante: Jorge Barbosa da Silva. Farmacêutico bioquímico. Mestre em Programa de Prevenção ao uso de drogas. Florianópolis, SC;10:00: Coffee break;10:20: Continuação do seminário;11:00: Perguntas e respostas sobre o primeiro seminário. Interação entre palestrante e participantes;12:00: Almoço;13:30: Crack nos anos 2000 – a partir de SP e sua ascensão ao status de “pandemia nacional”;Palestrante: Dr. Lucio G. de Oliveira. Biomédico, Mestre e Doutor em Psicobiologia pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP e atualmente Pós-doutorando pelo Departamento de Psiquiatria da Universidade de São Paulo – USP. Sua linha de pesquisa é a identificação, a nível nacional, do uso múltiplo de drogas entre universitários, caracterizando-a quanto aos subtipos e motivações;15:10: Coffee Break;15:30: Continuação do Seminário;17:00: Interação com os participantes. Perguntas e respostas;18:00: Encerramento do dia.SEXTA-FEIRA, 15 de outubro de 2010:08:00: Disseminação no Brasil – desafios e opções de prevenção, tratamento e políticas públicas;Palestrante: Dra. Solange A. Nappo. Doutorado em Ciências. Farmacêutica bioquímica. Professora do Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP. Pesquisadora do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas – CEBRID. Entre outras linhas de pesquisas está o crack;10:00: Coffe break;10:20: Continuação do seminário;11:00: Interação entre palestrante e participantes do seminário;12:00: Almoço;13:30: Dependência de Crack entre o público feminino, crianças e adolescentes;Palestrante: Dra. Solange A. Nappo. Doutorado em Ciências. Farmacêutica bioquímica. Professora do Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP. Pesquisadora do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas – CEBRID. Entre outras linhas de pesquisas está o crack;15:20: Coffe Breack;15:40: Dependência de Crack em Santa Catarina;Palestrante a confirmar;18:00 hs. Encerramento. OBSERVAÇÃO: A programação poderá sofrer alteração.

sábado, 25 de setembro de 2010

Não Fume Crack


Quem nunca escreveu um poema pra escola? Redação das férias, cartão de dias das mães, cartaz de homenagem ao dia da Árvore, um poema contra as drogas.
Pois dia desses, meu irmão Gustavo de 12 anos escreveu um poema pra aula dele. O Gustavo está no oitavo ano (“antiga” sétima série) e a professora pediu que os alunos escrevessem uma redação com o tema ‘Crack, tô fora!’. Daí ele escreveu um poeminha, vê se pode!
Daí ele veio recitar pra mim, muito engraçado!
NÃO FUME CRACK
Por Gustavo

Não fume crack,
Porque ele vai acabar contigo.
Ele não é teu amigo,
Ele é um maníaco.

O crack te deixará doidão,
O crack te tem nas mãos.
O crack vai te manter refém,
Não adiantará dizer amém.

Crack, tô fora,
Prefiro ir pra Bora Bora.
Crack, tô fora,
Prefiro ver aquele desenho da pokebola.

Escuta o que eu digo,
Considere o crack seu inimigo.
Senão ele vai te tirar da sociedade,
De tanta maldade.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Rede pública de saúde terá leitos para usuários de crack


O governo anuncia nesta segunda-feira, 20, a abertura dos editais para que municípios de todo o Brasil possam se beneficiar dos 6.050 leitos previstos no Plano de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas. A ideia é que os serviços de atenção também sejam ampliados e toda a rede receba qualificação.
Foram investidos mais de R$ 133 milhões, por meio da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e do Ministério da Saúde.
A solenidade será realizada às 16h, no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Fonte: MS

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

TESTE PARA SABER SE SEU FILHO ESTÁ USANDO DROGAS




Perceber os sintomas do uso de álcool ou outras drogas requer que os pais estejam alertas.Muitas vezes é observar a diferença entre o comportamento normal dos jovens e o comportamento causado pelas drogas.Para auxiliá-los nesse sentido foi montado o questionário abaixo:
1-Seu filho parece retraído,deprimido,cansado e descuidado de seu aspecto pessoal ? SIM NÃO
2-Você o percebe hostil,agressivo cooperando com as normas familiares? SIM NÃO
3-Suas relações com outros membros da família encontram-se deterioradas? Dificuldades ou falta de diálogo,vínculos desfeitos,atitudes violentas ou agressivas
SIM NÃO .
4-Mudou radicalmente o seu grupo de amizades? SIM NÃO.
5-Na escola está com dificuldades com notas,professores ou colegas, repetiu de ano ou abandonou os estudos ? SIM NÃO.
6-Perdeu o interesse por passatempos,esportes,hobbies ou outras coisas das suas atividades favoritas? SIM NÃO.
7-Houve modificações nos seus hábitos de alimentação e sono ? SIM NÃO.
8-Usa desodorantes ou perfumes para disfarçar algum cheiro? SIM NÃO.
9-Tem atitudes agressivas,violentas ou mentirosas frente às perguntas ou reclamações? SIM NÃO.
10-Já apresentou os olhos vermelhos ou as pupilas dilatadas ? SIM NÃO.
11-Tem conversações telefônicas ou encontros dom desconhecidos? SIM NÃO.
12-Em sua casa somem objetos de valor? Seu filho tem necessidade constante de altas quantias de dinheiro? SIM NÃO.
13-Houve mudanças significativas no seu aspecto visual,como cabelo (comprido descuidado) roupas sujas,falta de pessoal , tatuagens,brincos ou sua preferência musical,agora por conjuntos que fazem apologia ao uso de drogas? SIM NÃO.
14-A maconha é uma erva de cor verde com mates de marrom,que é fumada enrolada em um papelote (ou o mesmo utilizado pelas pessoas que fumam cigarro de palha).Possui um cheiro forte e adocicado similar ao perfume patchouli .É importante para perceber se seu filho está fazendo uso destas substâncias observar objetos como citados abaixo.entre as coisas do seu filho: Caixas de fósforos furadas no centro ou qualquer outro artefato como ponteiras.cachimbos,maricas etc...que permitem o jovem fumar o cigarro de maconha até o final,sem queimar os dedos ou lábios.Já Percebeu? SIM NÃO


15-Já encontrou papel de seda ou papelote usado para se fumar cigarros de palha,nas coisas do seu filho? SIM NÃO.
16-Utiliza constantemente e sem motivos aparente ?(É usando para disfarçar a vermelhidão dos olhos pelo uso da maconha) SIM NÃO.
17-Apresenta manchas amareladas entre as pontas dos dedos,polegar e indicador?
SIM NÃO.
18-Já percebeu um forte cheiro (adocicado) nas roupas,cabelos,carro,quarto, ou lençóis do seu filho? SIM NÃO .
A cocaína é um pó branco (similar a uma aspirina desmanchada) que adormece a língua com seu contado.Pode ser usada por inalação (aspirada pelas narinas) fumada misturada à maconha ou por via endovenosa (injetada diretamente na veia através de seringa e agulha) Para que ela possa ser usada são necessários vários instrumentos que,se encontrados entre as coisas do seu filho pode indicar que ele está consumindo.
19-Já encontrou instrumentos como cartões de crédito ou lâmina de gilete (para pulverizar o pó) canetas bic sem carga ( para aspirar a droga) colheres tortas ou queimadas (para misturar a droga com água,ferver e aspirar na seringa) espelhos ou pratos seringas,borrachas(torniquete) entre outras coisas do seu filho? SIM NÃO.
20-O nariz do seu filho tem sangrado ou apresentado constantes corizas ? SIM NÃO.
21-Seu filho está com dificuldades para falar? SIM NÃO.
22-Apresenta machas roxas de picadas de agulha nos braços,pernas ou pés? SIM NÃO.
ATENÇÃO: Alguns desses sintomas citados podem aparecer em jovens que não usam drogas.Não se pode dizer que um adolescente está se drogando só porque está usando brincos,cabelos compridos,ter feito a sua tatuam ou mudou a sua maneira de vestir .É o conjunto dos sintomas descritos que leva a essa possibilidade.
SOME OS PONTOS
[0-3 ]Não há problemas. Porém não se descuide.
[4-10 ]Alerta! Esteja atento à conduta do seu filho e controle os seus pertences.Se houver duvida consulte pessoa especializada.
[11-14] Perigo! Procure ajuda.Consulte um centro especializado.
[15 ou mais] Seguramente o seu filho tem problemas com o uso de drogas

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Aumento no consumo de crack assusta moradores de Resende


O avanço do consumo de crack na cidade de Resende, no Sul do estado do Rio, fez com que as autoridades locais decidissem priorizar o combate a este tipo de droga. Nos centros de tratamento, a maioria dos dependentes atendidos são os de crack.A droga chegou ao Rio inicialmente como uma notícia, pois o crack era um entorpecente de São Paulo. Depois, tomou as ruas da capital como uma droga barata e fácil de ser adquirida, principalmente por moradores de rua. A epidemia do crack no interior assusta os moradores.O vício pela droga levou Adriano Barbosa Martins a ser licenciado para se livrar da sua dependência pelo crack. Segundo ele, seu filho de 7 meses é o principal incentivo para ele vencer o vício.O aumento no número de dependentes incentivou o administrador Roberto da Silva Santos a se tornar um voluntário. Seu objetivo é tentar ajudar os dependentes químicos. Ele garante que já conseguiu algumas vitórias.O Conselho Municipal Antidrogas decidiu que o combate ao crack é prioridade, dado o número crescente de casos.Confira abaixo os endereços dos centros de recuperação de dependentes químicos da cidade de Resende:
Grupo AA – Grupo da PazRua Francisco de Almeida, 223, Igreja Católica - São CaetanoFunciona aos domingos, das 19h às 21hGrupo AA – Jardim EsperançaRua Frei Tito, s/nº, Igreja N. Senhora de Guadalupe - Jardim Esperança.Funciona aos domingos, das 15h às 17 horas.Grupo AA – De Libertação de AARua Araribóia 435, Igreja São Vicente de Paulo - LiberdadeFunciona nas terças, das 19h às 21hGrupo AA - De Libertação do SurubiRua 4, s/nº, Igreja Católica de São Pedro - Surubi Velho - Tel: 3359-5839Nas quartas, das 19h às 21hGrupo AA – Nova EsperançaRua das Amendoeiras, s/nº, anexo à Igreja Nossa Senhora da Paz, Cidade Alegria - Tel. 3381-0261Atende na segunda e na sexta-feira, das 19h às 21hGrupo AA - ReviverPraça do Centenário, 29, Centro. Tel. 3354-0881. Sábado, de 20 às 22h.Funciona nas quartas, das 10h às 12h e das 20h às 22h.Grupo N.A. – Gratidão CSA/Sul Fluminense nº 132Anexo à Igreja Cristo Ressuscitado, Alvorada.Grupo N.A. – Resende CSA/Sul Fluminense nº 131Anexo à Igreja Nossa Senhora da Paz, Cidade Alegria - Tel: 3381-0261Grupo AA – Fonte de VidaIgreja N. S. de Fátima, s/nº, Paraíso - Tel: 3355-6823Funciona as segundas e quintas, das 19h às 21hGrupo AA – Novo HorizonteVila Vicentina II, QuilomboFunciona as segundas e quintas, das 19h às 21h.Grupo AA – Vida e AmorIgreja Santa Rita de Cássia, Fazenda da Barra IIFunciona nas quintas, de 19h às 21h.Grupo AA – Vida NovaSalão Comunitário do Bairro Cabral - Tel: 3360-6769Atende aos sábados, de 19h às 21hIgreja Metodista CentralRua Alfredo Whately, 154, Campos Elíseos - Tel: 9944-2271Agendar visitasMinistério Resgate Igreja PenielRua Alfredo Botelho, Manejo - Tel: 2109-3062 / 3354-6972Agendar visitas.Ong Ideais – Instituto de Desenvolvimento em Ação e Integração SocialAvenida Nova Resende, 369, Campos Elíseos. Tel: 9947-7599Agendar visitasCAPS AD – Centro de Atenção Psicossocial aos usuários de Álcool e Drogas – PrefeituraRua Madre Angélica, 28, Jardim Brasília - Tel: 3360-5410Funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17hCAPSI – Centro de Atenção Psicossocial para Infância e Juventude – PrefeituraRua Pandiá Calógeras, 205, Jardim Jalisco - Tel: 3360-5520Funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17hPastoral da SobriedadePraça Dr. Silveira, s/nº, Salão da Igreja do Rosário - Tel: 8115-7403Funciona nas terças, quintas e sábados, das 9h às 12h e das 14h às 17hGrupo Nar-AnonRua Expedicionário Manoel Francisco Gomes, 176, Salão da Igreja Santa Cecília - Tel: 9953-9041 / 9917-2236Funciona na terça-feira, das 19h às 21hCentro de Convivência RefazendoEstrada Resende/Campo Belo, 98, ItapucaEmail: sempre@refazendo.org.brViva Voz – SENADOrientações Sobre Drogas - Tel: 0800 51 00015

sábado, 11 de setembro de 2010

Mapeamento de crack começa em outubro


A partir de outubro, o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) da Universidade Federal de São Paulo inicia um mapeamento dos usuários de crack em Pernambuco. A pesquisa vai durar seis meses e o resultado deve orientar as políticas públicas de prevenção ao uso desse tipo de droga no Estado.
A Secretaria-Executiva de Desenvolvimento e Assistência Social estima que o número de usuários do crack em Pernambuco varie entre 30 mil e 60 mil. Com 30 anos de experiência nesse tipo de mapeamento, o Cebrid vai capacitar cerca de 200 profissionais para realizar 2,4 mil entrevistas em cidades de todas as regiões pernambucanas.

Os pesquisadores do Cebrid responsáveis pelo mapeamento, os psicofarmacologistas Elisaldo Carlini e Solange Nappo, estiveram, ontem, no Recife, onde participaram de um seminário sobre drogas, na Faculdade Frassinetti do Recife, na Boa Vista.

Carlini destacou a importância de se realizar um mapeamento para se iniciar um trabalho terapêutico com os usuários de crack. “Todo trabalho tem que ser iniciado com um diagnóstico. O problema é que no Brasil não se deu prioridade à questão da prevenção”, destacou o pesquisador.

De acordo com Elisaldo Carlini, o Cebrid já realizou seis grandes pesquisas com usuários de drogas em todo o Brasil. “Nesses mapeamentos, pesquisamos capitais de todo o Brasil. Também já fomos chamados para fazer pesquisas em cidades do interior de São Paulo. Mas acredito que essa é a primeira vez que um Estado realiza esse tipo de mapeamento”, afirmou.

O secretário-executiva de Desenvolvimento e Assistência Social, Acácio de Carvalho, afirmou que o Estado deve desembolsar cerca de R$ 1 milhão para realizar a pesquisa. Segundo ele, o mapeamento faz parte do Plano de Ações e Enfrentamento ao Crack, lançado em junho pelo governo do Estado.

“Escolhemos o Cebrid porque é a entidade mais bem conceituada do Brasil em relação a drogas. O mapeamento será dividido em três etapas: levantamento dos equipamentos públicos, quantidade de usuários e perfil dessas pessoas. Além dessa pesquisa, será instalado um núcleo do Cebrid em Pernambuco.”
(Jornal do Commercio).

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Usuário de crack tenta matar a mãe


Mãe que foi vítima do próprio filho mostra a faca que foi utilizada para ameaçá-la. Funcionária pública está aflita Foto: Xico Morais/DB/D.A Press
Adolescente de 17 anos agiu dentro de casa depois que não encontrou comida no local
Na noite da última quinta-feira, mais um crime de violência contra a mulher foi registrado pela polícia de Campina Grande. Desta vez a vítima foi uma funcionária pública de 46 anos, moradora da Rua do Canhotinho, no bairro de José Pinheiro, Zona Leste da cidade. Por pouco ela não acabou sendo assassinada pelo seu próprio filho, um adolescente de 17 anos, que segundo ela, é usuário de drogas e bastante agressivo. O crime teria ocorrido depois que o rapaz chegou em casa querendo comer e depois que a mãe disse que não havia nada pronto, ele partiu para agredir a vítima. A mãe usou uma pedra para se defender.
O crime ocorreu quando a vítima, que trabalha como auxiliar de serviços gerais, retornava do dia de trabalho. Visivelmente alterado pelo consumo da droga, o rapaz teria se revoltado com sua mãe porque não existia nenhum alimento para ele. “Eu estou passando fome. Eu e mais duas filhas porque eu recebi meu pagamento na semana passada e ele roubou para usar drogas. Eunão sei mais o que fazer. Ele veio para cima de mim com a faca, consegui pegar uma pedra e joguei em cima dele, foi aí que ele soltou a arma e peguei. Chamamos a polícia, mas ele escapou”, contou a vítima.
Segundo o relato da funcionária pública, na semana passada, ela tinha recebido seu pagamento e deixado a quantia guardada dentro de casa. O seu filho, descobriu onde o dinheiro estava e roubou toda a quantia. Com isso, nenhuma de suas contas foi paga e até a feira do mês ela não teve como fazer. “Essa não foi a primeira vez que ele fez isso. Não sei se ele rouba na rua, mas em casa, já roubou muita coisa, inclusive móveis e eletrodomésticos. O mês passado ele tinha vendido meu fogão para comprar as pedras de crack. Eu fui buscar na casa da mulher com a polícia. Meu filho fica completamente descontrolado quando usa os entorpecentes. Eu não aguento mais”, completou.
Após a tentativa de homicídio, a vítima informou o caso à Polícia Militar de Campina Grande que só atendeu o chamado após a terceira solicitaçãoda vítima. Chegando na residência da funcionária pública, o rapaz foi procurado, no entanto, até o fechamento desta edição, não havia sido localizado pelos policiais. A funcionária pública que agora passa por graves problemas de ordem financeira, teme que o jovem retorne e pratique o assassinato.
Na tarde de ontem, a vítima registrou a ocorrência na 1ª Delegacia Distrital que funciona no bairro de José Pinheiro cobrando uma ação efetiva das autoridades. Já o adolescente, que segundo ela é viciado em drogas há mais de um ano, vive em companhia de outros rapazes, também viciados em drogas. “Tenho medo dele chegar louco em casa e me matar a qualquer hora do dia. Preciso de ajuda, será possível que uma desgraça vai acontecer e ninguém vai fazer nada?” declarou a vítima.
Publicado em 4 de aetembro de 2010 Fonte:Márcio Rangel // marciorangel.pb@dabr.com.br diariodobrejo.com

Eleitores trocam voto por crack


Uma pedra de crack. Este chega a ser o valor do voto de alguns eleitores do município de Solânea, no agreste paraibano. A denúncia foi feita no início da tarde de ontem pelo juiz Ozenival dos Santos Costa, da 48ª Zona Eleitoral da Paraíba, ao programa Correio Debate, da Correio Sat. Segundo ele, o esquema de compra e venda de votos em troca de crack na cidade é muito bem organizado e seria liderado por traficantes e políticos da região, que chegam a usar mototaxistas para a distribuição da droga. A Polícia Federal (PF) já vem investigando o comércio do entorpecente no município e deverá enviar reforço policial à cidade nas semanas que antecedem o dia da eleição.
De acordo com o juiz, Solânea possui uma grande quantidade de pessoas envolvidas com drogas que, muitas vezes, são utilizadas por cabos eleitorais e até pelos próprios candidatos para trocar votos por crack. “É uma situação constrangedora a gente saber que pessoas são capazes de votar com o objetivo de ganhar uma, duas ou três pedras de crack. É uma infelicidade, mas é uma realidade”, revelou.
Ainda de acordo com o juiz, o problema não é recente na cidade e já teria ocorrido outras vezes em eleições municipais. “Já fizemos, inclusive, denúncia e acompanhamento, marcando em cima as pessoas que eram apontadas como distribuidoras de crack e conseguimos resultados”, acrescentou. Ozenival dos Santos também destacou que a prática ilegal funciona nos quatro cantos de Solânea, porém ele se reservou a não falar os nomes dos locais, para não prejudicar o trabalho da PF. “A questão do uso da droga para troca em voto vem de políticos envolvidos diretamente com consumidores e traficantes”, atentou.
Para Ozenival dos Santos, o comércio de votos fere a democracia. “Temos um processo tão interessante para que se escolha bem os candidatos, mas alguns se aproveitam disso com grupos de miseráveis já dominados.
Isso acontece, principalmente, nas vésperas das eleições e no dia”, disse. Ainda segundo ele, já ocorreram apreensões de drogas em outras votações, nas quais mototaxistas foram usados para levar e trazer a droga.
“Ainda existem vários grupos atuando na cidade. Mas a PF tem descoberto vários e a Polícia Civil tem ajudado muito também. Precisamos combater isso com muita firmeza”.
Apoio nas fiscalizações
Também em entrevista ao Correio Debate, o delegado da PF, Derly Brasileiro, disse que equipes já estiveram em Solânea para observar a venda e troca de votos por drogas. As novas denúncias, segundo o delegado, fizeram com que a PF voltasse a analisar o esquema. “Solânea vai receber reforço da PF, talvez dez dias antes das eleições, para dar o apoio de que o juiz eleitoral precisar, principalmente no sentido de investigar esses fatos. Sei que não é uma investigação fácil, mas se pelo menos evitarmos a ocorrência desses crimes, com certeza estaremos colhendo bons resultados”, assegurou.
Jornal Correio da Paraíba

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Crack é droga que mata rapidamente


O aumento da produção de cocaína na Bolívia, o preço baixo e a facilidade para preparar e vencer transformaram o crack em uma das drogas mais consumidas no País e num dos mais delicados problemas da Saúde pública nacional. Tornou-se uma das maiores preocupações da sociedade. A forma de abordagem do tema ainda é complexa e de difícil enfrentamento, por isso, o Diário resolveu encabeçar esse grito de ajuda. E o fará, primeiramente, com a colaboração das escolas das redes pública e privada, por meio do 4º Desafio de Redação. O tema deste ano, com texto livre, é Crack, Tô Fora! As redações serão produzidas a partir do dia 15.A escolha de tão sério assunto deve-se pela ausência de ações coletivas e organizadas direcionadas aos usuários e a seus familiares. Pela forma de uso, o crack é o mais potente das drogas, provocando dependência desde a primeira pedra. É de fácil acesso, sem cheiro, de efeito imediato e aprisiona pacientes e parentes. O baixo custo da pedra (em torno de R$ 5) é ilusório.Desde a primeira vez, a fissura ilusória leva o dependente a querer mais, chegando a fumar 30 vezes ao dia. Aprisionado pela pedra ‘da euforia'', ele desfaz-se de todos os seus bens (e dos outros), não raciocinando sobre o que furta (ou rouba) e de quem para saciar o vício. Tem gente viciada que passa a vender as próprias roupas, rouba a mãe, não consegue trabalhar, abandona os estudos, deixa de ser sociável.Levar tema tão árido aos estudantes dos ensinos Fundamental e Médio do Grande ABC tem por intuito fazê-los enxergar essa realidade que está tão perto deles. Provocar a discussão das drogas junto aos colegas de classe, aos professores e em casa, com a família. Levá-los a refletir sobre essa mancha social que cresce a cada dia e pouco se tem feito para impedi-la. E provocá-los a ponto de também cobrar ações das autoridades e da sociedade para ajudar aqueles que, por ventura, tenham caindo em sua escuridão. O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), instituído em julho de 1990, diz que o jovem tem o direito de ser ouvido e assistido. Portanto, vamos deixá-los falar, se posicionar, dizer como querem um mundo novo.Morte rápidaAs drogas matam aos poucos. Da cachaça ao cigarro, da maconha ao ecstasy, mas o crack mata rapidamente. A pedra é produzida com a mistura de cocaína e bicarbonato de sódio e amônia, e sua forma sólida permite que seja fumada. Também é mistura em cigarros de maconha, mas os viciados costumam consumi-la em cachimbos, aspirando a fumaça. Estudos mostram que 30% dos usuários morrem em menos de cinco anos, quase 90% deles assassinados. Morre-se pouco de overdose e muito da violência relacionada às drogas. Há quem mate por cinco pedras; e quem seja morto por dever dinheiro ao traficante. O crack se confunde com o número de homicídios. Os cadastros de hospitais não indicam se o paciente é usuário ou se chegou ao pronto-socorro alterado pelo uso de drogas. A ausência dessa informação remete para um problema maior: sem os índices de mortalidade tem-se dificuldade de criar programas de prevenção e de saúde púbica em geral. Confira a maratona atrás das vítimas do crack.Essa droga chega ao cérebro em até 12 segundos, provocando intensa euforia e confiança. Dura uns cinco minutos, mas quando essa sensação determina vem a depressão, o desânimo e o abismo. Para o usuário, é hora de buscar outra pedra.O crack é tão avassalador em todas as camadas sociais que o Ministério da Saúde indica que pelo menos 25 mil jovens, em decorrência da dependência, estão no nível da marginalidade extrema.Textos estudantisCrack, Tô Fora! é o desafio dos estudantes do Grande ABC, a partir do dia 15, quando começa pra valer a competição de redação do Diário do Grande ABC, correalização da USCS e DAE e apoio da Ecovias. A proposta é atingir a marca recorde de 180 mil textos que, por certo, se transformarão em preciosas ferramentas para ações públicas governamentais de como a região deve se portar em relação à problemática que tinge de vermelho a sociedade, sabe da existência das drogas, já viu filhos de amigos drogados e não acredita que o vício possa estar rondando sua casa.Podem participar todos os estudantes que atualmente estejam cursando de 5ª a 9ª séries do Ensino Fundamental, inclusive EJA, e da 1ª a 3ª série do Ensino Médio, cursos normais, técnicos e EJA de escolas municipais, estaduais e particulares do Grande ABC, além de Telesalas. Os alunos serão divididos em seis categorias. As melhores redações serão premiadas com computadores, televisores e bicicletas, sendo o prêmio máximo uma bolsa de estudos integral na USCS.O Desafio de Redação vem se tornando com o passar dos anos em importante ferramenta de análise da sociedade futura sobre questões da atualidade. Na primeira edição, com Minha Cidade no Amanhã, os alunos elaboraram documento importantíssimo de ações públicas governamentais que gostariam de ver aplicadas. Ao transportarem para o papel a cidade ideal em que gostariam de viver, eles apontaram deficiências, carências, projetos e projeções de como alcançar patamar satisfatório para o bem-estar da população.Na segunda edição, em 2008, o Desafio provocou os estudantes a pensar em socialização, desenvolvendo ideias sobre a amizade. Aos alunos do Ensino Fundamental o tema foi Amizade.com, tendo por base o cada vez mais crescente mundo virtual na vida das pessoas, por meio das redes sociais. Aos maiores, explorou-se a Amizade na Rua, quando o convívio social os leva a optar por caminhos longe da proteção e dos olhos dos pais.Em tempos em que o meio ambiente está tão degradado pela irresponsabilidade do homem, o Desafio de 2009 trouxe a água como tema a ser explorado. O nível de conscientização dos estudantes participantes fez crer a todos que analisaram seus textos que o planeta, a depender da geração futura, tem salvação.Via http://www.dgabc.com.br

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Católica firma parceria com o Governo de Pernambuco para combate ao crack


01 set 2010
por Isabella Andrade.
Na manhã desta quarta-feira (1), a Universidade Católica de Pernambuco e o Governo de Pernambuco assinaram protocolo de intenções para o enfrentamento do crack em Pernambuco. O projeto tem como principal objetivo estimular o desenvolvimento de ações e pesquisas que contribuam para o combate ao uso da droga. Estavam presentes o Reitor, Padre Pedro Rubens; a Pró-reitora Acadêmica, Aline Grego; a coordenadora geral de Graduação, Verônica Brayner; o diretor do Centro de Ciências Jurídicas, Jayme Benvenuto; e o secretário de Justiça e Direitos Humanos do Estado, Rodrigo Pellegrino.
Com o protocolo assinado, o papel da Católica será o de contribuir em três atividades. Primeiramente, capacitar os alunos de Direito e Psicologia para atuarem em cinco núcleos da Assessoria de Treinamento, Estágio, Pesquisa e Integração (ASTEPI), no atendimento e orientação na questão do crack. Além disso, os alunos e os professores do curso tecnológico de Jogos Digitais irão desenvolver um jogo educativo direcionado a crianças e jovens do ensino público estimulando o combate à droga. E por fim, o desenvolvimento de pesquisas sobre o crack, nas áreas de Direito e Psicologia.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Consumo de crack avança em cidades do interior de Santa Catarina


Nas fazendas do Creta, funcionários dizem que número de internos do interior é maior do que os da Capital
Pela curtição, curiosidade, modismo ou até para trabalhar, com uma falsa sensação de ganhar força, jovens catarinenses do interior estão estragando suas vidas no consumo do crack. Em comunidades terapêuticas da Grande Florianópolis, não faltam histórias de moradores de pequenas cidades que levavam um dia a dia normal e sadio e o destruíram por causa do vício. Uma realidade que acende o sinal de alerta para as autoridades intensificarem os meios de prevenção e atendimento. O Diário Catarinense esteve em fazendas do Centro de Recuperação de Toxicômanos e Alcoólicos (Creta), em Paulo Lopes, na Grande Florianópolis, e ouviu dependentes em tratamento e especialistas. A conclusão é que, de uns anos para cá, o crack deixou de ser droga marcante dos grandes centros urbanos e em que os seus consumidores eram pessoas marginalizadas. Hoje, a droga também deixa reféns em cidades menores e do interior. Os alvos são adolescentes, trabalhadores e até mães. — Notamos que, a partir de 2002, o crack passou a ser levado também para as áreas distantes das metrópoles e zonas rurais. Há uma geração mais nova de cortadores de eucalipto e trabalhadores de plantações de cebola que usam para melhorar o desempenho na atividade agrícola. Mas acabam perdidos — assinala Sigwalt Filho, consultor e coordenador do Recanto Silvestre, comunidade terapêutica em Biguaçu. Nas fazendas do Creta, funcionários afirmam que o número de internos do interior chega a ser maior do que os da Capital ou de outras grandes cidades. É fácil cruzar com um ou outro morador de alguma cidadezinha catarinense e que nunca andou antes pela Grande Florianópolis. Mas, quando o assunto é o crack, falam com naturalidade e conhecimento dos seus efeitos aos usuários. A maioria experimenta antes o álcool, a maconha e a cocaína. Os problemas com maior incidência pelo Estado ainda são com o alcoolismo, diz Maria Cecília Rodrigues Heckrath, coordenadora estadual da Saúde Mental da Secretaria de Estado da Saúde. Santa Catarina não tem números ou estatísticas sobre a presença do crack nas cidades. Maria Cecília nota que nas de divisa ou fronteiras, como nas regiões Norte e Extremo-Oeste, a presença da droga é mais intensa. — São regiões de rotas do tráfico e a facilidade de encontrar a droga é maior. A política do Estado é fortalecer os serviços existentes de atenção básica onde essas pessoas moram — diz a coordenadora. Assistência deve chegar às pequenas cidades Se nas grandes cidades o tratamento dos usuários já é difícil, nas cidades pequenas pode ser ainda mais complicado. Em apenas 170 das 293 cidades catarinenses há profissionais de saúde habilitados para tratar com dependentes de drogas. O ideal, admite Maria Cecília, é que todas as cidades contassem com os chamados núcleos de apoio da saúde da família e os leitos psiquiátricos. Ela acredita que a assistência poderá melhorar com a adesão das cidades a programas como o de redução de danos, estratégia de informação aos usuários sobre os riscos do consumo. Especialista em dependência química pela Universidade Federal de São Paulo e considerado referência no tratamento ao crack em Santa Catarina, o médico psiquiatra Marcos Zaleski vê a necessidade de aparelhar os municípios e capacitar os profissionais de saúde para frear o problema. Para Zaleski, as políticas públicas são fundamentais, além da massificação da informação sobre as drogas. Ele cita a importância de campanhas como a Crack, Nem Pensar, do Grupo RBS. Defende ainda que o tratamento seja feito o mais cedo possível de quem usa maconha e cocaína. Segundo Zaleski, essa foi uma forma que países como a Suécia encontraram para evitar a existência de futuros usuários de crack. A pedra chegava por mototáxis Ela era uma menina exemplar. Estudava, ajudava em casa e ainda praticava esportes — gostava de jogar handebol e vôlei. Adulta, conquistou emprego e o seu próprio sustento. A moradora de Concórdia, no Oeste, teve uma reviravolta negativa em sua vida aos 25 anos. Por influência de um namorado usuário de drogas, passou a consumir maconha e, depois, o crack. O que parecia impossível em sua vida aconteceu: perdeu o rumo, o emprego e a vida pessoal e familiar. Ela afirma que precisou se prostituir para comprar o crack. Segundo revela, em Concórdia, a pedra chega aos consumidores por entrega em mototáxis. Quando era usuária, ficava longe de casa e dos familiares. A dor maior, atesta, foi quando perdeu a guarda dos dois filhos porque a Justiça entendeu que não tinha condições de criá-los. — Só aprendi a dar valor depois que perdi tudo. Hoje, quase morro de saudade dos meus filhos. O crack é a pior coisa que existe e em todo o lugar tem — diz ela, em sua quarta internação. Após tantas recaídas, a mulher de 30 anos agarra-se na espiritualidade para tentar vencer a abstinência que já dura quatro meses. Ela diz que a dificuldade na cidade após o tratamento é conseguir emprego e ter novas oportunidades.
Jornal de Santa Catarina - Diogo Vargas

George Michael se interna em clínica de reabilitação


George Michael, que recentemente teve sua a habilitação suspensa por seis meses após admitir ter feito uso de maconha antes de bater de carro na vitrine de uma loja no mês passado, se internou, por vontade própria, em uma clínica de reabilitação. Segundo o jornal britânico “Daily Mail”, o cantor terminou um programa de desintoxicação de duas semanas e agora vai se tratar em uma clínica com acompanhamento em tempo integral.
O cantor escreveu aos fãs uma carta em que diz estar se tratando e que buscou aconselhamento.
Os policiais que registraram a ocorrência disseram em juízo que o cantor estava fora de si logo após a colisão. “Ele não tinha consciência que havia batido em uma loja” afirmou o policial que teve que avisar ao cantor o que havia acontecido. “Ele estava com olhos arregalados, confuso e muito suado” completou.
O cantor deverá voltar em setembro ao tribunal de Highbury Corner, em Londres, para saber sua sentença. George corre o risco de ir para prisão. Fonte: EGO

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Pesquisa aponta perfis de usuários de crack e consequências da droga


Entorpecente está em todas as camadas sociais.Análise foi feita durante um ano e meio.
Especialistas consideram o consumo de crack um problema de saúde pública. A solução, ou pelo menos uma diminuição significativa do número de casos de dependência, é um desafio para as autoridades.
Uma pesquisa desenvolvida pela PUC Minas abordou o assunto. O professor Luis Flávio Sapori, sociólogo, coordenador da pesquisa e do Centro de Pesquisas em Segurança Pública da universidade, e a professora e antropóloga Regina Medeiros comentam sobre a análise que aborda o assunto.
“Os trabalhos foram realizados ao longo de um ano e meio – de dezembro de 2008 a julho de 2010 – com recursos do Governo Federal e que envolveram professores do curso de Ciências Sociais da PUC e de pesquisadores do Centro Mineiro de Toxicomania (CMT)”, explicou Sapori. O objetivo foi saber como o consumo do crack impacta na segurança e na saúde pública.
“Uma das conclusões é de que não é possível ter um perfil do paciente que usa a droga. Identificamos três diferentes. O psicótico, que tem comprometimento mental por causa do uso do crack. O segundo é o marginal travestido de usuário, que é aquele que, de certa forma, comercializa a droga e vive fugindo da polícia. O terceiro é o que chamamos de neurótico compulsivo, do tipo de paciente que quer tratamento e tem consciência da sua situação”, disse a antropóloga Regina Medeiros.
A especialista fala ainda que, anteriormente, o crack estava relacionado à população mais pobre, aos negros. Atualmente, a droga é encontrada independentemente de sexo, cor, posição social. “A situação é ainda mais grave”, disse Regina.
Sapori falou que o tratamento é muito difícil porque as pessoas estão despreparadas e precisam de um saber aprimorado e de definir metodologias.
“A pesquisa concluiu que o efeito da droga gera violência. O tráfico gera uma epidemia homicídios e roubos”, destacou Sapori.
Segundo a pesquisa, o crack gera um endividamento muito grande por causa da compulsão do usuário. “Daí vem os homicídios. O efeito da droga é muito rápido e a pessoa tem o desejo de consumir compulsivamente. A princípio ele é barato, mas, depois, sai caro”, completou Sapori.
Sapori finalizou dizendo que o problema do crack é um desafio para o próximo presidente da República e que merece uma ação na segurança e na saúde públicas.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Seminário Diga Não ao Crack – apresentando soluções



Parceira da Fundação Frei João Batista Vogel/Rádio São Francisco no projeto “Diga Não ao Crack” desenvolvido no primeiro semestre deste ano, a Prefeitura Municipal de Anápolis por meio da Secretaria Municipal de Educação volta a participar da extensão do projeto, desta feita em formato de seminário. Na primeira etapa, o projeto envolveu os alunos do 1° ao 9° anos do Ensino Fundamental das escolas da rede municipal através de um amplo concurso de redação com temas relacionados às drogas. Toda a comunidade escolar foi mobilizada. Alunos de 14 escolas participaram do concurso, inscrevendo 195 trabalhos.
Agora, o projeto com a participação de alunos – dois representantes de cada escola – se aprofunda na preocupante questão das drogas. As instituições parceiras promovem o Seminário Diga Não ao Crack – apresentando soluções. Com apoio do Juizado da Infância e Juventude, o Seminário será levado a efeito no dia 25 deste mês, das 08 às 12 horas o auditório do Senac.
A secretária de Educação, professora Virgínia apóia a iniciativa e considera importante a participação dos estudantes nas discussões. “Somente com a conscientização é que vamos combater eficazmente o problema já instalado e evitar novos envolvimentos no futuro”, salienta. Fonte: Assessoria de Comunicação/SEMED

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

PAC do Crack só vai apagar incêndio


A lei que institui o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack foi assinada pelo Presidente Lula em 20 de maio.


Desde então, surgiu entre os profissionais especializados na abordagem da dependência química aquilo que a psiquiatra Ana Cecília Roselli Marques chama de “briga de foices”: gestores de hospitais e equipes de saúde discordam de algumas medidas impostas e consideram outras inócuas. Coordenadora do Departamento de Dependência em Álcool e Drogas da Associação Brasileira de Psiquiatria, Ana Cecília afirma que uma política nacional anti-drogas não pode, como acontece com o “PAC do crack”, voltar-se quase que exclusivamente para o manejo dos dependentes, com propostas remediadoras, enquanto o Brasil vive uma onda crescente de novos usos. “Ninguém começa fumando crack”, ela afirma, propondo mais atenção à prevenção e à geopolítica das drogas. “O que está acontecendo nas nossas fronteiras? A droga entra sem nenhuma fiscalização. E como o mercado interno vai se virar com a cocaína, que é cara? Fazendo crack”, afirma, alertando para o baixo custo, no Brasil, da mão-de-obra e dos produtos necessários para o refino. O blog #CentroAvante conversou com Ana Cecília sobre o aumento recente no consumo de crack, registrado por institutos de pesquisa, e saber de que maneira o poder público municipal poderia gerir com mais eficiência a questão da Cracolândia.#CentroAvante: O Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack, lançado recentemente pelo Governo Federal, trará subsídios importantes para o encaminhamento da população que povoa a região do Campos Elíseos conhecida como Cracolândia? Ou será mais uma política sem resultados?Ana Cecília Roselli Marques: O escritório da ONU responsável pela questão das drogas, o UNODC (United Nations Office on Drugs and Crime), envia todo ano ao governo brasileiro um relatório avisando qual será a prevalência do consumo de drogas aqui e nos países vizinhos. E há muito tempo, pelo menos há oito anos, o governo tem sido avisado de que será preciso lidar com o aumento do consumo dos estimulantes, não só da cocaína, mas também das anfetaminas, como o ecstasy. Ele também recebe um relatório da OMS (Organização Mundial de Saúde) que coloca álcool e tabaco no topo dos fatores responsáveis pelas doenças que acometem nossa população. Ora, é óbvio que o governo tem diversas prioridades, mas em nenhum momento nos últimos dez anos ele deu a devida atenção a essas informações. Se tivesse dado, teria aplicado uma fatia maior do dinheiro público no enfrentamento desse problema há mais tempo, buscando o controle de uma onda, já anunciada, de consumo do crack. O plano nacional, que eu chamo de “PAC do Crack”, olha só para o incêndio, quando poderia ter surgido antes como forma de prevenção. Sua visão é pontual e muito reduzida, assim como as medidas são o mais emergenciais possível.#CentroAvante: Como é a situação atual do Brasil no que se refere ao uso de drogas segundo o relatório do UNODC?Ana Cecília: O consumo de drogas ilícitas vem aumentando a cada ano no Brasil. É o único pais da America Latina em que isso acontece segundo o relatório de 2009. Os outros países estacionaram ou reduziram o consumo. A gente está no centro de um continente plantador de cocaína. A cocaína é plantada na Colômbia, na Bolívia ou no Peru e é trazida para ser manufaturada aqui, porque aqui a mão-de-obra é barata, os produtos químicos utilizados para se obter a cocaína da planta são baratos. O Brasil tinha de olhar para essa geopolítica das drogas ao traçar seu plano de abordagem do problema.#CentroAvante: O crack não deveria ser o objeto central dessa política?Ana Cecília: Não o seria se houvesse uma política de prevenção no Brasil. Ninguém começa fumando crack. A gente tinha de se preocupar com álcool e tabaco em primeiro lugar. O adolescente fuma um cigarro, depois um cigarro de maconha, depois se torna usuário de álcool, de cocaína e só na ponta vem a pedra de cocaína, que é o crack. Como a gente não chega ao crack? Com uma política de prevenção, e não só com política assistencial, que é necessária agora porque vivemos um aumento desenfreado do consumo do crack. A gente só está olhando para a ponta do iceberg.#CentroAvante: A UNODC não tem uma rubrica exclusiva para o crack, incluindo-o nas estatísticas de cocaína e derivados. Como se pode quantificar esse aumento no consumo de crack a que a sra. se refere?Ana Cecília: São feitos levantamentos nacionais. Há dois levantamentos domiciliares feitos pelo Cebrid (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas), da Unifesp, um em 2001 e outro em 2005, segundo os quais dobrou o consumo de crack nesse período. Esses estudos são feitos nas capitais, apenas, mas valem como referência. E a cidade de São Paulo mantém a mesma evolução. E o plano nacional tem uma visão parcial do problema ao ir apenas atrás do crack, quando tinha de se preocupar em redirecionar a atual política nacional anti-drogas, desenhada em 2004 e completamente ultrapassada.#CentroAvante: Trata-se de um pacote de propostas remediadoras?Ana Cecília: Exatamente. Uma política anti-drogas deve incluir medidas preventivas, assistenciais e repressivas. O que está acontecendo nas nossas fronteiras para explicar esse aumento da disponibilidade da droga para o Brasil? A droga está entrando sem nenhuma fiscalização. E como o mercado interno vai se virar com a cocaína, que é uma droga cara? Fazendo crack, que é barato. A política tinha de discutir a economia e a geopolítica das drogas, porque aí a gente ia se preocupar com fronteira, com os produtos utilizados no refino, com todos esses detalhes. Do jeito que está, eles podem investir os R$ 4 milhões divulgados que não vão resolver o problema do crack.#CentroAvante: Que tipo de medida está sendo proposta?Ana Cecília: Em geral, promete-se colocar mais dinheiro em estruturas que já existem. Não há nada novo. Vão colocar mais recursos no tratamento de dependentes, por exemplo, e na criação de leitos destinados ao tratamento de usuários de crack em hospitais gerais. Eu, particularmente, tenho uma série de restrições em relação a isso.#CentroAvante: Por quê?Ana Cecília: O leito em hospital geral nunca foi possível sequer para álcool. Vai ser para crack, que é um paciente ultra-agitado e cuja síndrome de abstinência cursa com psicose, durante a qual o paciente fica muito dissociado da realidade e muito mais irritado do que os dependentes de álcool?#CentroAvante: Mas a internação em hospital geral é contraindicada porque o paciente tumultuaria o ambiente ou porque não funciona?Ana Cecília: Não há equipe treinada nem ambiente específico para isso. Qualquer dependente de droga precisa de um ambiente calmo, silencioso e protegido, onde ele seja muito bem cuidado por uma enfermagem atenta o tempo todo.#CentroAvante: Igualzinho ao ambiente de qualquer hospital público.Ana Cecília: (Risos) Idêntico. Eu fui clínica antes de me especializar em psiquiatria e jamais consegui internar um dependente de álcool em uma enfermaria. A enfermagem tinha medo dos pacientes, não sabia manejar, e os médicos do hospital não querem ficar com o paciente. Imagina de crack! Pergunta se o gestor quer? O meu sonho é que houvesse enfermaria para dependente em hospital geral, é tudo o que eu queria, porque haveria todos os especialistas ali para me ajudar. Mas, para isso, precisa mudar toda a cultura. Não vai dar certo pegando dinheiro do programa integrado de enfrentamento ao crack. É uma briga de foice, porque a lei está aí, com portaria federal e vereador propondo leis municipais no mesmo sentido e, por outro lado, médicos despreparados, enfermeiros (despreparados), o gestor fazendo contas (para calcular o prejuízo que vai ter) e no meio de tudo isso o coitado do paciente que vai continuar mal assistido.#CentroAvante: Sem o aumento do número de leitos, parte dos dependentes de crack que povoam a chamada Cracolândia vão continuar morando na rua, mesmo aqueles que desejam iniciar um tratamento de reabilitação?Ana Cecília: Sim. Parece que é isso o que tem acontecido. Minha proposta seria a integração, a criação de um consórcio de instituições ligadas às secretarias de Saúde, Assistência Social, Justiça, todo mundo participando com um pedacinho, para a gente poder tirar o cara da rua e colocá-lo em um albergue especializado, uma vez que esses dependentes também não são aceitos nos albergues comuns.#CentroAvante: Precisaríamos, antes, criar esses albergues especializados?Ana Cecília: Certamente. São as chamadas moradias assistidas, que existem em vários países e que já foram propostas aqui. A Unifesp criou uma na Vila Mariana e está começando a estruturá-la, em parceria com o Caps (Centros de Atenção Psicossocial do Município) e com equipes que se conversam.#CentroAvante: Os dependentes de crack só podem ser encaminhados para internação, seja nos hospitais gerais ou nas moradias assistidas, se concordar com o tratamento?Ana Cecília: Não necessariamente. Se ele estiver em risco de morte ou colocar alguém em risco, as autoridades municipais podem tirá-lo da rua e encaminhá-lo para internação. Principalmente se for criança ou adolescente. O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) protege qualquer instituição que queira cuidar de um indivíduo em vulnerabilidade.#CentroAvante: Resumindo, um pouquinho desses R$ 4 milhões poderiam ir para as moradias assistidas?Ana Cecília: Ai, podiam, viu…Fonte: Época

terça-feira, 24 de agosto de 2010

REVISTA DA MONICA


Em anexo e reproduzido abaixo, um material muito bem-feito sobre droga; excelente, principalmente para as crianças.a - fiel ao que se passa;b - define muito bem os papéis sociais envolvidos (família - escola - grupos de referência);c - orienta sobre procedimentos, linguagens e valores (em detrimento de posturas moralistas);d - dotado de linguagem didática; portanto, de fácil compreensão.Como sempre, o Maurício consegue ser Fabuloso (= ele conta as coisas, por meio de fábulas geniais!).Por favor, veiculem! Nunca se sabe quem pode estar precisando...DIVULGAR BOAS AÇÕES É DEVER DE TODOS NÓS!!Obs.: após abrir o link, clique em "capítulo" no lado de baixo à esquerda para passar as páginaslink:http://www.monica/. com.br/institut/ drogas/ Silvia PontesPresidente do Conselho Municipal Antidrogas da Cidade do Rio de Janeiro - COMAD-RIOPraça Pio X, 119 - 7º andar - CentroCEP 20.040-020 - Rio de Janeiro - Brasil

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O Crack têm se disseminado rapidamente


Essa droga é sete vezes mais potente que a cocaína e também mais cruel e mortífera. O usuário chega a viciar no primeiro uso.Desafeiçoado. Escondido pelo escuro da noite e feliz pela ilusão da droga. É tarde, e cada esquina vira boca de fumo. O crack tomou conta. Não se tem acepção de idades. São milhares de crianças, jovens e adultos encolhidos em qualquer canto, iluminados apenas por um palito de fósforo aceso. “A gente pensa que aqui quase não tem viciados em crack. Aí é que a gente se engana. Tem crianças usando crack até na escola.” Relata Jordão Vittor, 26, morador do bairro Santa Lúzia.O crack é a mistura de cocaína refinada com bicarbonato de sódio que resulta em grãos que são fumados em cachimbos ou latas. Seu efeito pode ser de cinco a sete vezes mais potentes que a cocaína, entretanto, também é mais cruel e mortífero. Durante 10 minutos, no máximo, o usuário sente uma sensação eufórica e excitante, seguido de depressão, delírio e a necessidade de repetição da dose, quase instantaneamente.P. tem somente 17 anos e já é viciado há dois, atualmente, usa cerca de 60 pedras de crack por dia. Todo sujo, usa dialetos, fala alto e olha de lado, mas não é agressivo, apesar de estar sob efeito da droga.Ele é tão novo e já sem esperanças, sem expectativa de vida, sem rumo. “Eu fico bem quando uso. Depois percebo que não tenho vida, aí fumo de novo. Se eu morrer agora, vou morrer feliz”.Em um passado bem recente, somente pessoas desprovidas de dinheiro é que eram dependentes do crack, já que é uma droga barata, custando de 5 a 10 reais a pedra. Hoje, esse perfil mudou. Agora as classes média e alta também são escravos do crack. “Antes era só na favela, hoje você vê os ‘playboys’ comprando a pedra”, alerta P.Segundo o psiquiatra especialista em dependência e saúde mental Paulo Soares Gontijo o crescimento exagerado do consumo se deve ao fato do custo ser baixo e da mobilidade do tráfico. “Quanto mais barato, maior o consumo. Quanto mais consumo, maior a procura por tratamento”, explica.Apesar de ser um valor relativamente baixo, o viciado começa a vender seus pertences, fazer trocas e até furtos já que existe um interesse compulsivo em usar outras pedras. “Tem pessoas que vende até o telhado da casa para comprar droga”, diz P.Crack em BarreirasQuando não há mais esperanças de uma vida melhor, os jovens buscam no efeito momentâneo do crack, um motivo para sorrir. “A meu ver isso acontece devido à falta de oportunidade, a falta de possibilidade de que um dia a vida possa melhorar, e se essa pessoa não tiver uma vida com estrutura familiar e social bastante firme, o que acontecerá é que ela logo cairá nessa armadilha chamada crack”, disse o Delegado Regional de Barreiras Dr. Jorge Aragão ao jornal Novo Oeste.Em Barreiras, no Oeste da Bahia, o uso do crack não está tão disseminado quanto na capital baiana, Salvador, onde o consumo aumentou 140%. Em Brasília (DF) com aumento de apreensão de pedras de crack em 175% em apenas um ano; e Goiânia (GO), onde existem 50 mil usuários, cerca de 4% da população. Segundo o Dr. Jorge Aragão são através dessas cidades que a droga chega até Barreiras, entretanto, ainda não existe indícios de que haja pessoas ricas ou autoridades envolvidas no tráfico. “Em Barreiras, o que existe são traficantes que vendem nos seus setores, em pontos de bairros, mas nenhum que possa abastecer a cidade inteira. Apesar de o lucro ser bastante alto, não temos informações de que exista um grande ‘barão do crack’ na cidade”.Como essa é uma droga barata, maior é o consumo, principalmente por usuários de baixa renda, segundo o delegado, os de classe média alta ainda estão usando cocaína e maconha. “O crack aqui em Barreiras continua sendo uma droga consumida por usuários de baixa renda. Temos feito “batidas” principalmente nos bairros periféricos como: Vila Rica, Santo Antônio, Vila Amorim, Santa Luzia, Sombra da Tarde, Vila Nova, Vila Brasil, bairros cuja situação nos deixa mais preocupados”.Na tentativa de abolir o crack, a polícia Civil tem trabalhado em operações semanais, na maioria das vezes, com registro de flagrantes e como consequência, a prisão dos traficantes.[Autor:Simonny SantosFonte:Jornal Nova Fronteira